Titulo Internacional: White God
Direção e Roteiro: Kornél Mundruczó
Sinopse: Um conto visionário entre uma espécie superior e os seus desgraçados inferiores… Privilegiando os cães de raça, uma nova lei impõe uma taxa pesada sobre as raças cruzadas. Os donos passam a abandonar seus cães e os refúgios ficam rapidamente superlotados. Lili, 13 anos, luta para proteger o seu cão, Hagen, mas seu pai acaba abandonando o animal nas ruas. Hagen e a sua dona procuram desesperadamente um ao outro, até que Lili perde as esperanças. Lutando para sobreviver, Hagen percebe depressa que nem todo mundo é o melhor amigo do cão. Ele junta-se a um bando de cães errantes, mas é capturado e enviado para um canil. Mesmo sem esperança de sobrevivência, os cães aproveitam as oportunidades para escapar e se revoltarem contra a humanidade. A sua vingança será implacável. Nesse cenário, Lili pode ser a única pessoa que pode pôr fim a esta guerra inesperada entre o homem e o cão.
Filme indicado pela Hungria para representar o país no Oscar de Filme Estrangeiro 2015. Vencedor da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes 2014. Participou do Festival de Sundance 2015.
Pra quem gosta de metáforas, esse filme é uma ótima opção.
Nele temos Hagen, um cachorro que tem que lutar por sua sobrevivência enquanto é cercado por pessoas que abusam do poder. Hagen pode ser substituído por qualquer minoria e percebemos que na vida real as coisas funcionam justamente assim. A minoria precisa se rebelar e fazer barulho para ser notada.
O filme pode ser considerado forte e violento, mas também tem seu lado fofo, e é exatamente assim que são as pessoas. Assuntos como karma, limite e perca da inocência também são abordados.
"Olhe para as estrelas. Se elas não caírem, você vai sobreviver."
Para mostrar tudo isso, temos uma direção impecável. As cenas que podem ser consideradas fortes são filmadas de forma sutil, mas sem esconder nada. A fotografia do filme é ótima. De varias cenas que me marcaram, posso citar “a cena de redenção” (cena que ilustra o cartaz ao lado), uma cena para aliviar um pouco a tensão com uma fotografia excelente.
Resumindo, o filme faz uma ótima critica a opressão social e política, portanto, acho que poderia ser muito bem usado em meios acadêmicos.
Como foi dito, o filme é uma metáfora. Não sei se a minha interpretação foi exatamente o que o diretor/roteirista quis passar, não pesquisei suas intenções, então o filme está aberto as suas próprias interpretações.
Bom filme e reflexão ;)
Trailer:
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